quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

In Memoriam

Fecho meus olhos,
Tento capturar o som da sua voz...
A mundos de distância
Há sóis e sóis sem ver seus olhos
Sem tocar sua pele
Sem sentir seu cheiro..


Busco na memória aquele momento,
Aquelas palavras,
Aquele cheiro...
Nosso último encontro.


E aqui me fogem todos os sentidos
Apenas para capturar aquele momento...
E em paz te encontro em mim
Como se fosse um sonho...
Como se fosse possível!


Permaneço imóvel
Para não perder essa sensação...
E durmo assim
Sonhando estar em seus braços.
Olhos semicerrados,
Meia luz,
Vista linda...


Aqui nesta solidão,
Meu momento,
Me entrego
Em harmonia com a natureza,
Envolvo-me em paz.


Música suave
Coração em palpitação
Esta sou eu
Sem máscaras ou obrigações,
Sem medo...

quinta-feira, 24 de julho de 2014

REFORMA

Comecei uma reforma
De dentro para fora,
Como estas devem ser,
Para que não haja desânimo,
Para que o que importa chegue antes...


Comecei lá no meu íntimo,
Mudando motivações,
Escolhendo o amor próprio.
Reflexo imediato em tantas outras áreas,
Como que se houvesse trocado
Um espelho quebrado por um novo!


Ânimo dobrado,
Sigo trocando lâmpadas queimadas.
Iluminação imediata no olhar:
Do olhar sobre mim, sobre o mundo...
Iluminação direta no sorriso...
A beleza interna insofismável
Expande-se dentro de mim.


Movimentos iniciais...
Tudo tem um começo!
Esta maré é a que move.
Daqui em diante
Reformulo, reformo, troco
Porque sempre posso melhorar.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Carta de um Desconhecido

Esse contato com o novo,
Que é antigo e conhecido,
Que é você...
Contato incontido,
Medo estrondoso.

Não sei o que vejo
Meio nebuloso,
Meio temerário,
Meio infinito...

Não me sinto tanto
É um busca do que não sou
Um medo de descobrir
Que não é tudo isso
Nem tão profundo,
Nem tão intenso,
Nem tão extenso...

Medo de descobrir
A superficialidade do que sou
Por isso a superficialidade
Me é tão comum...

Conhecimento tão superficial
Relacionamentos tão superficiais
Vida tão superficial

Não quero ver o que sou
Não por medo de me descobrir estranho
Mas por medo de me descobrir raso...

Esse tempo, essa introspecção
Não me excita,
Me aterroriza,
Me toma em temor.

Queria tanto ser mais,
Queria tanto ver e acreditar
Que é possível ser melhor
Que é possível ser alguém
Que não eu!

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

INHOTIM

Coração em palpitação
Essas cores,
Essas formas,
Esse som...

Tantas emoções

Expressas de formas diferentes...
Natureza exuberante,
Verdes de mil tons,
Flores de texturas variadas,
Lagos infinitos,
O céu por moldura.

Inhotim,

O contraste entre o natural e o concreto,
A composição entre a matéria prima e a obra de arte,
O encontro das criações do Criador e da criatura.

A façanha de nos mover ao nosso próprio encontro...

De sutilmente voltar nossos olhos para nós,
Apesar de estarmos olhando para fora...
De silenciosamente confrontar nossa pequenez...

Inhotim,

Encontro com o novo,
Reencontro com o antigo,
Contato com o que somos...
Um silêncio profundo tomou meu coração
Revelando paz e tranquilidade
Fecho os olhos capturando o momento,
Abraço meu corpo acolhendo tal graça.

Recebo de mim mesma essa paz
Fruto de passos lentos e leves,
Fruto de um olhar paciente,
Fruto de uma calma construída.

Essa bonança, pós tempestades mil,
É bem vinda e tende a ser duradoura.

Esse tesouro, ora encontrado,
Me é particularmente especial.

Tais bençãos são presentes
Colhidos após plantio árduo
E colheita singela
Frutos de auto-conhecimento e aceitação.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O tempo lá fora varia
Calor com nuvens pesadas
Uma pressão atmosférica
Achatando meros mortais.

O tempo aqui dentro é estável
Quente e sufocante
Uma pressão acachapante
A deixando malemolente.

As variações externa e interna
Descontrolam seu humor
Desestruturam sua base mais sólida
Anuviam seus pensamentos.

Sem se entregar,
Respira calmamente
Intuindo mudanças
Que tendem a vir
Após consciente motivação.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Desabafo! (não é poesia!)


Não paro de chorar a morte de quem nem conheço....
Não consigo não ler sobre aquilo que na vida real
Comove, move, toca, choca, dói...
Porque é a vida real, o desespero é real
Batendo às nossas portas, saltando aos nossos olhos...
Mostrando que nem tudo são flores
Mostrando que a vida não é só alegria...

Gente jovem morrendo...
Por irresponsabilidade
Por irregularidade
Por desmando
Por canalhice!

E, nessa fase, passam duas coisas
Bem na frente dos meus olhos...
Podia ser eu...
E eu deixaria pais e filhos...
Poderão ser meus filhos...
Se isso não mudar!
Se o povo se calar...

Se tudo continuar como está...

Políticos malditos, corruptos
Sendo votados e votando uns nos outros...

Polícia corrupta,
Fazendo vista grossa
Ao bêbado, ao pedófilo, ao traficante...

Pais, ausentes, inconsequentes... (sem mais!)

Motoristas que,
Em suas possantes máquinas,
Vingam-se de suas mazelas...

Tanta ausência de paz...
Tanta ausência de caridade...
Tanta ausência de amor...
Ausência...

A minha lágrima não se ausenta...
Medo do presente, medo do presente...
Medo do futuro,
Medo por meus filhos...

Que vida é essa?!
Cheia de medo!
Cheia de medo!
Vazia de fé...

Os discursos vazios...
Em mesas de bares,
Em redes sociais
Produzem marola
Bravatas tais quais...

Falta-nos coragem,
Ou disposição?!

Falta-nos amor
Ou sobra-nos comodidade?!

Imposto menor,
Valores maiores...
Enganação e engodo
Pão e circo...
Revolta..., mas sem tempo...
Sem tempo prá rebater...
Sem tempo prá debater...
Sem tempo pro que é importante...

Parece que não...
Mas tudo é uma coisa só...
Tudo revolta!
Tudo entristece!
Tudo é ruim...
Porque não aproxima,
Não cuida...
Não ama!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Resta tão pouco para ser tudo...
Só mais um dia, uma hora, um minuto.
Resta a vida que apenas começou
No mesmo momento que seus olhos se abriram.

Restira de si a carga, o peso
E prossegue
Trilhe o melhor caminho possível:
O caminho da sua escolha!
Porque hoje é somente o começo
E a vida não espera...

Nada espera!
O ritmo tresloucado do mundo,
O relógio apressado em acabar um dia
Para depois começar outro...
E acabar também!

E o seu futuro, que nunca chega,
Só acontece com o agora,
Com os seus passos...
E o seu passado, que te construiu,
Está lá atrás...
E lá deve ficar!

Sua vida é o hoje!
E são os seus passos que a constroem.
E suas opções a fundamentam
E esse dia é todo seu...
Para você!
Seja...
Por você!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012


Distribuo por aí cartões de visita
Que dizem: “É possível ser feliz!”
Mas o dizem em letras garrafais:
“É POSSÍVEL SER FELIZ!”
 
Distribuo por aí sorrisos
Que deixam a deixa
Para nascer um outro sorriso
Para ascender uma chama.
 
Distribuo por aí educação
Teimo em desejar Bom Dia! Boa Tarde! Boa noite!
Torcendo para que o desejo
Se transforme em realidade para o outro.
 
Distribuo por aí olhos nos olhos
Que tencionam doar paz e segurança
Para alcançar corações aflitos,
Para abençoar almas vacilantes.
 
Distribuo por aí tudo o que sou,
Porque só se pode emprestar o que se tem,
E eu sou impregnada, inundada
De felicidade, esperança,
Educação e amor!